Jejum intermitente: o que é, como fazer e quais os benefícios?
O jejum intermitente é um dos assuntos mais em alta quando se fala sobre técnicas de emagrecimento, melhoramento da saúde e até disposição no dia a dia. Não tem nada a ver com mudanças radicais em seus hábitos alimentares ou coisas assim.
É um bom método de emagrecimento e consistente basicamente em um novo estilo de alimentação que condiciona seu corpo e seu cérebro, e pode ser uma solução para você.
O que é o jejum intermitente?
Para seguir esse método, você precisa descartar tudo o que já ouviu sobre emagrecimento até agora: não tome o café da manhã e não faça pequenas refeições a cada três horas. Parece estranho, não é? Mas são apenas mitos: não há vantagem em comer constantemente refeições pequenas.
Essa técnica intercala períodos de jejum com momentos em que você pode comer o que quiser. Ainda assim, tenha moderação e faça boas escolhas dos alimentos!
Não se trata do que comer mas, o mais importante é controlar em que hora fazer isso.
Vale lembrar que o jejum já é um velho conhecido na história da humanidade: é comum jejuar por motivos religiosos. Além disso, nossos ancestrais nem sempre tinham comida disponível para se alimentar regularmente a cada três horas. Os seres humanos primitivos ficavam dias sem comer, e se alimentavam apenas quando conseguiam alguma caça.
Inclusive, esse costume de fazer três refeições por dia é relativamente recente. Estudos indicam que, pelo contrário, nosso atual costume alimentar desregula o metabolismo e pode contribuir para o desenvolvimento de obesidade e até mesmo de diabetes tipo 2.
Ou seja, não tem por que relutar em tentar seguir o jejum intermitente, pois nosso corpo pode aprender a ficar grandes períodos sem comida.
Como fazer o jejum intermitente?
Como me organizar?
Divida seu dia em duas partes: os momentos em que comer é liberado e os momentos em que você deve jejuar ou comer o mínimo possível (se for comer, consuma alimentos pouco calóricos).
As disposições mais comuns de jejum intermitente são 16/8, ou seja, 16 horas de jejum no dia e 8 horas para se alimentar, bem como 14/10 ou mesmo 20/4, mas dê preferência para a divisão 16/8. Durante o período aberto para comer, você pode fazer duas ou três refeições, ou até mais, se quiser.
Você pode definir o horário para comer entre as 13h e as 21h, por exemplo. Ou seja, você pode se alimentar até as 21h, mas só poderá comer de novo às 13h do dia seguinte.
Opções
Outra coisa que pode ajudar é comer uma vez a cada 24 horas, mas faça isso no máximo duas vezes por semana! Se você jantou às 20h na segunda-feira, só coma de novo às 20h na terça-feira (o jantar é apenas um exemplo, você pode começar essas 24 horas quando quiser, desde que passe todo esse tempo sem comer).
Isso pode ser um pouco massacrante no começo, então comece com o método 16/8 e apenas depois faça isso, se desejar.
Dicas adicionais
Uma boa dica para reduzir seus níveis de fome durante os períodos de jejum é beber água, chás (especialmente o chá verde, de gengibre ou de hibisco), café (de preferência o americano, sem açúcar; uma ótima opção, visto que tende a inibir o apetite) ou quaisquer bebidas não calóricas. Não tente comer mais para compensar o período em jejum.
Para melhores resultados, sugerimos que você complemente sua nova dieta com a prática regular de exercícios físicos. Além de melhorar o desempenho do seu corpo, ainda vai emagrecer mais rápido. Não se preocupe, não tem nenhum problema em se exercitar estando em jejum. Apenas certifique-se de comer bem quando for a hora!
Atenção: é recomendável que, durante a janela de tempo aberta para comer, você se alimente com coisas saudáveis, para acelerar ainda mais o processo de melhora da saúde e emagrecimento. Afinal, apenas o jejum não faz milagres, não é mesmo?
Quais são os benefícios desse tipo de alimentação?
Além de ajudar no emagrecimento, esse método ajuda a combater inflamações, aumenta a expectativa de vida, melhora a saúde do coração e do cérebro, é antienvelhecimento, proporciona a reparação celular, favorece a otimização hormonal, ajuda a prevenir o câncer, acelera o metabolismo, regula a pressão arterial, melhora a sensibilidade à insulina, aumenta o hormônio do crescimento, proporciona a desintoxicação etc.
Os benefícios não são apenas no corpo, pois a mente também nota melhoras: o jejum intermitente melhora a concentração e a memória, ameniza sintomas de depressão e ansiedade etc.
Não se esqueça!
O fato de o jejum ser funcional, não significa que seja superior ou mais eficaz do que uma dieta convencional. Se você já está num peso ideal, tem hábitos alimentares saudáveis e pratica esportes com frequência, talvez não seja vantajoso fazer essa troca.
Entretanto, se você tem problemas com obesidade e precisa de uma mudança na rotina, o jejum intermitente pode ser uma boa ajuda.
Se para você é muito penoso passar tanto tempo sem comer, mas consegue se controlar e comer com moderação, talvez a dieta convencional seja sua melhor opção. Porém, se você é do tipo que até consegue ficar bastante tempo sem comer, mas não resiste a comer bem quando é hora, o jejum pode ser funcional no seu caso. Depende de pessoa para pessoa.
Para fazer o jejum intermitente, sempre coma muitas proteínas. Nos dias em que for se exercitar, é recomendável uma ingestão mais alta de carboidratos e calorias. Nos outros dias, dê prioridade para a ingestão de gorduras saudáveis (abacate, óleo de côco, chia, etc). Essa simples técnica ajuda a manter uma boa massa muscular.
Você pode optar por quebrar o jejum com uma refeição menos calórica e mais rica em proteínas, como omeletes ou alguns vegetais. Começar o dia com as já citadas bebidas não calóricas pode ser uma boa ideia também caso você acorde com fome.
Agora que você já sabe tudo o que precisa sobre o assunto, pode começar seu jejum! Se tiver alguma dúvida ou outra dica legal, conte para a gente. Deixe seu comentário e compartilhe este artigo em suas redes sociais.
Aloha,
Matheus Hunoff.